quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Recuperando anos perdidos

Em uma conversa recente com minha mãe, entendi algo que por muito tempo me questionei sobre o relacionamento do brasileiro com a política. Consegui captar uma linha de raciocínio que apesar de óbvia explica muitas das ações e atitudes que nós tomamos em relação a gestão pública.

Sabemos que em relação aos países desenvolvidos, o Brasil é um país atrasado tanto do ponto de vista de desenvolvimento social quanto econômico. Partindo então desse pressuposto, temos que entender que existe todo um motivo histórico para que a situação atual tenha se configurado dessa forma, seja por questões de colonização ou monarquia mal implementada, o que importa é que chegamos aonde chegamos.

Dito isto, a minha conclusão óbvia é esta: o brasileiro não leva em consideração a situação atual do país quando considera participar da política brasileira. Como assim? Eu explico.

Se a efetividade de um prefeito de uma cidade é medida em relação ao anterior e o anterior pouco fez pela cidade, o caminho para que essa nova gestão obtenha uma boa avaliação da população, é simplesmente fazer mais do que a anterior, o que significa que muitos problemas nunca enfrentados continuarão dessa forma, pois conhecendo nosso país sabemos pequenos passos não são suficientes para resolver a situação.

Sendo um pouco ousado, diria que as dificuldades aparecem em progressão geométrica enquanto que as soluções em progressão aritmética. Pequenos avanços não são suficientes para o nosso país, precisamos de grandes avanços, o político brasileiro não pode se dar ao luxo de ser igual a um americano pois existe toda uma infraestrutura montada que assegura uma qualidade de vida melhor a população dos Estados Unidos.

Então alguém me perguntaria, então você quer o político perfeito? Minha resposta é simples: Não, precisamos simplesmente aumentar o nível de nossa exigência e cobrar resultados, pois recurso financeiro existe para isso, além de parar e digo isso com muita veêmencia, parar de comparar gestões atuais com as anteriores, precisamos olhar para o futuro e analisar o que foi realizado corretamente e o que precisa ser feito que nunca antes foi pensado, para levar nossa nação a patamares de desenvolvimento similares as outras nações desenvolvidas.

Isso é póssível? Não sei, mas acreditar nisso, eu posso.