segunda-feira, 29 de março de 2010

Cautela teu nome é Brasil

A bíblia menciona, em muitas ocasiões, a cautela como uma atitude dos sábios, antes fosse esse tipo de sabedoria por trás de tanta cautela do povo brasileiro.

Vejo que diante de situações adversas, mas superáveis, o brasileiro em geral sempre escolhe o caminho da "paciência", fazendo parecer uma atitude sábia e correta, no entanto o que vemos por parte de mim e de nós, na verdade é um medo horrendo de enfrentamento.

A população nunca se mobiliza porque tal qual na história do rato e do sino no gato, sempre fica a pergunta de quem vai ser o líder que vai colocar o sino no gato, ou seja, quem vai ser o indivíduo que vai liderar e possivelmente sofrer quaiquer repercussões negativas que um simples ato de repúdio pode ter, especialmente quando é em nome dos outros.

Interessante como a história se repete. Quantos líderes sofreram tanto pelo bem do seu próximo? Usamos Jesus como nosso exemplo no amor ao próximo, na bondade e na compaixão, mas não usamos o exemplo de Jesus na hora de abrir mão do meu conforto e lutar por uma causa justa, a causa do meu próximo, pois uma coisa é certa, se Jesus tivesse acatado a autoridade espiritual dos fariseus nunca teria sofrido morte de cruz.

Muitos diriam então que Jesus é Rei espiritual e não material, então eu os informo que Jesus viveu sobre um império e nós vivemos numa democracia. Somos capazes de brigar por nossa causa, por nosso apartamento e por nosso prédio, mas passou daquilo que é completamente nosso, sempre colocamos o pé atrás. O que difere tanto de lutar pela nossa cidade ou por nosso país? Eu respondo, a grande diferença é que na exigência de enfrentar quem quer que seja em nome dos outros, corre-se um risco e esse risco ninguém, nem os considerados cristões, estão dispostos a correr.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A nossa Saúde

Estes últimos acontecimentos nos EUA sobre a reforma da saúde de Obama, me fez pensar na saúde sobre um ângulo que antes me era desconhecido, o ângulo dos pagadores. A questão é simples,  a maior resistência por parte dos republicanos é o medo que os cidadãos pagantes de muitos tributos sustentem pessoas que pouco ou nada contribuíram, até aí acredito ser um pleito válido, mas a coisa complica quando passamos a analisar do ponto de vista dos não contribuintes. Qual o motivo que algumas pessoas não contribuem?

Existem duas repostas conflitantes que merecem uma fatia do nosso pensamento, são as seguintes:
1-Porque não podem
2-Porque não querem ou não se importam

Em relação a primeira reposta, fica claro que a saúde pública deve cuidar de alguma forma dessas pessoas, mas as coisas ficam interessantes quando mesclamos com a segunda resposta.

Se fizerem um pesquisa sobre qual é a principal motivação de um funcionário de empresa privada, acredito que em 99% dos casos a resposta teria relação com o medo de ser despedido, fazendo uma analogia a saúde, podemos ver que muitas pessoas não se preocupam em melhorar de vida simplesmente porque no pior dos casos sabe que terá um plano de saúde, ruim, mas um plano ainda sim, sustentadas por outras pessoas que trabalham e contribuem.

Não seria um ótimo motivo de estímulo de trabalho, se sugerissem  para essas pessoas que se elas não trabalhasses e tivesses um plano de saúde privado, elas ficariam no meio da rua? Eu acredito que sim e aí que fica a questão, até onde queremos patrocinar a vagabundagem no Brasil e até onde queremos ajudar os que não têm condições?

O Brasil precisa se decidir sobre isso, pois ou escolhe uma forma de possuir uma saúde pública de qualidade nos moldes da Inglaterra e França ou privatiza tudo e será o que Deus quiser. Acredito que o projeto ideal é um meio termo bem regulamentado e fiscalizado, pois do jeito que está ninguém aguenta.