quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

As pequenas permissões de cada dia

Nós brasileiros, nos vemos numa situação cada vez mais delicada, por um lado todo dia nos impressionamos com os escândalos de corrupção de nosso país, por outro nos sentimos impotentes para mudar algo, venho no entanto aqui mostrar que os grandes corruptos de hoje foram os pequenos transgressores de ontem.

Essa palavra transgressão é muito forte, no entanto retrata exatamente o intuito desse post, pois creio que todos humanos podem ser facilmente empurrados a corrupção. Não acredito que todos envolvidos em escândalos de corrupção são pessoas más que mais parecem aqueles diabos de chifrinhos que vemos nos desenhos, muito pelo contrário são pessoas que um dia realmente podem ter tido grandes aspirações de bondade e vontade de mudar esse país, no entanto o poder corrompe e muito pior que o poder, a sede do dinheiro.

Muitas pessoas caracterizam a sede de dinheiro como algo que ricos têm, mas não se enganem, todos nós temos ou podemos ter essa sede, a diferença é que nem sempre pelas mesmas razões. Uns precisam desse dinheiro para se sustentar, outros para ajudar seus pais, outros para dar uma vida digna a seus filhos, os motivos são diversos, mas o caminho muito parecido.

Em diversos momentos nos vemos forçados a tomar atitudes que analisadas com cautela podem prejudicar o meu próximo ou até mesmo a sociedade, no entanto a repercussão de andar contra a maré pode ser muito grande e acabamos coagidos a prosseguir com tal ato, mesmo sabendo que aquilo talvez não seja eticamente correto.

Poderia citar diversos momentos em que tomei a atitude certa, em contrapartida também poderia fazer o mesmo mas com atitudes erradas. Sempre gosto de fazer algumas  perguntas diante de algumas situações em que me encontro: Se todos fizessem o mesmo que eu, o que poderia acontecer? Ou é correto para a sociedade se eu obtivesse essa vantagem para mim? Seria justo com os outros que estão no mesmo nível que eu?

São perguntas difíceis e que possuem respostas difíceis, principalmente quando se está em jogo meu bem estar ou de pessoas que amamos. Penso que o caminho para a perdição começa com pequenas permissões, se você está fazendo uma prova e sabe que seu colega ao lado tem as repostas, porque não dar uma pequena olhada e acertar a questão? Afinal você merece tirar uma nota boa, outros talvez não mereçam mas você com certeza merece. Se você é um chefe e recebe uma ordem superior para tomar uma atitude que não seja justa com o seu empregado, o que você faz? Afinal de contas você precisa desse dinheiro e sabe que negar esse pedido pode acarretar em sua própria demissão, o que seria péssimo para sua carreira. Se você é um político e deseja realizar alguns bons projetos durante sua vida pública, porque não concordar com esse aqui que prejudica algumas pessoas mas lhe ajuda a obter o apoio necessário para realizar os seus projetos, o que fazer então?

Não possuo as respostas pois sei o quanto é delicado tratar desses assuntos, como funcionário público e filho de pais que têm um certo conforto financeiro, sei que nem tudo é preto e branco, e de forma nenhuma estou dizendo que quem fila numa prova vai se tornar uma pessoa corrupta, apenas gostaria de trazer a tona um pensamento que considero muito importante e que não deve sair nunca de nossas cabeças, peço atenção quando de repente nos vermos calando a boca da consciência com frequência, pois isso pode ser tornar viciante e quando nos vermos cheios de decisões erradas em nosso currículo uma a mais já não vai fazer tanta diferença.

Que nós possamos tomar cuidado para que isso nunca nos aconteça e que nos lembremos que a porta para a redenção nunca está fechada, basta apenas termos coragem para adentrá-lá. Minha religião prega que nunca é tarde para o perdão e que devemos estar sempre observando se nossas atitudes estão de acordo com aquilo que é o mais justo ou o mais correto. Lembro sempre das palavras de Jesus Cristo: "Ama o teu próximo como a ti mesmo".

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Para alegrar o dia - O metro e o viaduto

A prefeitura do recife realmente se superou dessa vez, um verdadeiro descaso com o dinheiro público e com os prazos estabelecidos. E a copa está chegando aí, como podemos confiar numa gestão que permite que coisas como essas ocorram?


"A duplicação do Viaduto Capitão Temudo, na Ilha Joana Bezerra, uma das principais obras viárias da cidade, responsável pela ligação do Centro à Zona Sul, sofre com um impasse. O projeto original, elaborado em 1976, previa a construção de oito pilares nas proximidades dos trilhos do metrô, sendo que dois deles ficariam justamente entre as linhas de ferro. Quando o plano foi elaborado não havia metrô no local. Mais de 30 anos depois, a obra saiu do papel. Detalhe: com um metrô no meio do caminho. O poder municipal entendeu que não era necessário atualizar o projeto e, agora, terá que gastar R$ 3 milhões a mais com a readequação."

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Praticar esportes para diminuir a violência

Ao passar pelo campo da vovozinha, perto do tacaruna, observei que o governo do estado estava relizando um evento de cunho esportivo, e isso muito me chamou a atenção. Lembrei-me de como é importante para a sociedade o estímulo aos esportes, e como o mesmo tem a capacidade de afastar pessoas das drogas e dos vícios.

Cheguei a conclusão que programas de governo voltados a construção e manutenção de praças para práticas esportivas, seriam um bem muito importante para a população, claro que praticar esportes é um hábito que deve ser incentivado desde a formação das pessoas no colégio, e isso tem cada vez mais ficado em segundo plano dentro do cronograma das instituições de ensino, principalmente públicas.

Um dos principais atrativos dessa prática esportiva, é impedir as pessoas principalmente de baixa renda de adentrarem o mundo do tráfico de drogas, sem mencionar o efeito positivo para saúde dessas mesmas pessoas, ou seja, os esportes também ajudam a combater a violência e de quebra elevam a qualidade de vida da população.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Greve da Polícia Civil

Hoje, li no blog do Jamildo que um juiz declarou ilegal a greve da polícia civil, mas isso não seria estranho, afinal é um serviço essencial, no entanto ao ler o parecer do juiz, verifiquei que não foi esse o motivo da ilegalidade, na verdade o parecer alega que devido a crise financeira, o estado está com dificuldades financeiras e por isso a lei de responsabilidade fiscal, que é o máximo da folha do estado que pode ser destinado ao pagamento dos servidores, está no seu limite, ou seja, o estado não pode comprometer mais recursos para os servidores.

É no mínimo estranho um juiz entrar nesse mérito, porque uma das leituras plausíveis dessa situação é a de que esse mesmo juiz alega que todo os recursos do estado estão bem empregados, parcialmente afirmando que realmente tudo o que o estado possui já está comprometido e nada mais pode ser feito.

Penso que em um país como o Brasil, essa afirmação ou a mera possibilidade de se afirmar isso, deve soar como motivo de piada para muitos brasileiros que convivem com escândalos quase que diários com o nosso dinheiro.

Espero que numa próxima sentença o juiz se atenha  meramente a questões de lei, mas sem usar dados no mínimo duvidosos fornecidos por um orgão público, até porque no Brasil o orgão competente que aprova ou não os orçamentos é o tribunal de contas, e isso muito tempo depois do fim do ano em questão.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porto de Galinhas e a resposta da gestão

Hoje saiu no diário de pernambuco a resposta da acessoria de imprensa do Porto de Galinhas sobre as reportagens sobre a praia, no entanto não me dei o trabalho de ler toda a resposta, não tenho paciência para isso, pois todas as repostas sobre administração pública são muito similares e a conclusão que o leitor tem é a de que na verdade tudo está bem e caminhando tranquilamente.

Vale ressaltar a capacidade dos políticos brasileiros em enumerar ações que separadas não atingem nenhum objetivo e para explicar essa afirmação, vale o exemplo, se uma pessoa precisasse construir uma casa, na ótica do governo, ela comentaria o seguinte sobre as obras:

-Eu removi a vegetação
-Realizei as obras de fundamento
-Levantei os muros
-Coloquei um telhado

Sem qualquer uma desses ações, o objetivo final que é a construção da casa, não adiantaria de nada, ou seja,  muitas realizações políticas são, na verdade, parte de projetos maiores que para serem concluídos precisam de obras antecessoras, no entanto, isso não impede os administradores de listar e enumerar cada um dos seus feitos necessários.

Lula e a Dilma

Lula veio ontem para um visita relâmpago em Recife, é interessante observar que até a candidatura de Dilma Rousseff, eu nem sabia, por bem dizer, da existência do ministério da Casa Civil, no entanto a ministra Dilma está sempre ao lado do presidente, e alguns dizem que isso não é propaganda eleitoral.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Porto de Galinhas e o descaso

Venho acompanhando as reportagens do Diário de Pernambuco sobre a administração de Porto de Galinhas e lamento muito a forma como é regida essa maravilha turística que poderia ser muito mais relevante ao estado do que já é.


É notável a falta de infraestrutura da praia e o desinteresse do atual prefeito, que por sinal tem se demonstrado um grande mágico, pois nunca se viu uma cidade com apenas 75 mil habitantes esconder tanto dinheiro arrecadado da população (Onde estariam os recursos gerados por Suape?), mas propaganda que é bom, isso a cidade tem.


Com um pouco de visibilidade, Porto de Galinhas poderia se transformar no maior destino turístico do nordeste, já que os outros prefeitos de outras praias lindas dessa região, também compartilham da mesma falta de visão empreendedora de Ipojuca, ou seja, ser o melhor destino do nordeste não é lá muito difícil.


Gostaria de deixar uma sugestão, em vez de esperar que a população ocupe ou compre terrenos para depois asfaltar as ruas, porque o prefeito não organiza essas ruas antes e disponibiliza os terrenos para as imobiliárias venderem? Até porque ao se afastar do centro do Porto, se o indivíduo errar umas duas ruas, ele estará no meio do nada.

Novas placas de recife

É de muito bom gosto a renovação das placas sinalizadoras com os nomes das ruas de Recife, sempre critiquei a falta de sinalização das ruas, por isso venho congratular o prefeito por essa medida que além de ensinar aos cidadãos recifenses os nomes das ruas, ajuda o turismo da cidade.

Mudança de foco

Estou mudando o formato do meu blog, em minhas postagens, tenho procurado expor idéias que em geral demandam um bom tempo para serem escritas e por isso tenho demorado para atualizar o blog.

De agora em diante, estarei falando de maneira mais sucinta, futuramente estarei inaugurando um canal no twitter.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Recuperando anos perdidos

Em uma conversa recente com minha mãe, entendi algo que por muito tempo me questionei sobre o relacionamento do brasileiro com a política. Consegui captar uma linha de raciocínio que apesar de óbvia explica muitas das ações e atitudes que nós tomamos em relação a gestão pública.

Sabemos que em relação aos países desenvolvidos, o Brasil é um país atrasado tanto do ponto de vista de desenvolvimento social quanto econômico. Partindo então desse pressuposto, temos que entender que existe todo um motivo histórico para que a situação atual tenha se configurado dessa forma, seja por questões de colonização ou monarquia mal implementada, o que importa é que chegamos aonde chegamos.

Dito isto, a minha conclusão óbvia é esta: o brasileiro não leva em consideração a situação atual do país quando considera participar da política brasileira. Como assim? Eu explico.

Se a efetividade de um prefeito de uma cidade é medida em relação ao anterior e o anterior pouco fez pela cidade, o caminho para que essa nova gestão obtenha uma boa avaliação da população, é simplesmente fazer mais do que a anterior, o que significa que muitos problemas nunca enfrentados continuarão dessa forma, pois conhecendo nosso país sabemos pequenos passos não são suficientes para resolver a situação.

Sendo um pouco ousado, diria que as dificuldades aparecem em progressão geométrica enquanto que as soluções em progressão aritmética. Pequenos avanços não são suficientes para o nosso país, precisamos de grandes avanços, o político brasileiro não pode se dar ao luxo de ser igual a um americano pois existe toda uma infraestrutura montada que assegura uma qualidade de vida melhor a população dos Estados Unidos.

Então alguém me perguntaria, então você quer o político perfeito? Minha resposta é simples: Não, precisamos simplesmente aumentar o nível de nossa exigência e cobrar resultados, pois recurso financeiro existe para isso, além de parar e digo isso com muita veêmencia, parar de comparar gestões atuais com as anteriores, precisamos olhar para o futuro e analisar o que foi realizado corretamente e o que precisa ser feito que nunca antes foi pensado, para levar nossa nação a patamares de desenvolvimento similares as outras nações desenvolvidas.

Isso é póssível? Não sei, mas acreditar nisso, eu posso.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Elogio e Reclamação

Qual a diferença entre elogio e reclamação? Muitas. O elogio visa trazer a tona qualidadeas positivas de alguma coisa enquanto o outro traz a tona qualidades negativas.

A nossa sociedade parece apenas classificar alguma afirmação dessas duas formas, e desse jeito matando o que eu considero de ferramenta mais poderosa de crescimento que é a crítica construtiva.

O poder da honestidade nunca deve ser desprezado, pois a verdade dita no momento apropriado traz muitas beneces.

O problema do brasileiro é que sempre que se abre a boca para falar do governo, qualquer comentário é tido como reclamação, e essa pessoa se torna um incômodo, claro que tudo tem seu limite e tudo deve ser moderado, no entanto algumas situações do Brasil precisam de atitudes mais enérgicas, e não moderadas, pois as velhas desculpas como "sempre foi assim" e "isso nunca vai mudar" não devem ser suficientes.

O que muitos classificariam como falar mal do governo, muitas vezes são ótimas críticas construtivas que visam uma vida melhor para todos, o grande problema hoje em dia, é que os elogios têm se tornado cada vez mais escassos a ponto de se o governo é mencionado, quase sempre é uma "reclamação".

Conheci algumas pessoas que tenho muita alegria em elogiar e falar bem, pois são pessoas que contribuíram para o meu crescimento, desejo fazer o mesmo com a administração pública, e que isso melhore não só a minha vida como a vida da sociedade em que vivo, se ás vezes as pessoas parecem apenas reclamar, ás vezes é porque simplesmente elas se preocupam o suficiente para isso, e desejam que se elogie mais do que reclame.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Números Absolutos X Números Percentuais

Acho incrível como a estatística possa ser usada pelo nossos governantes de forma a influenciar a opinião das pessoas, isso para mim fica muito claro quando se usam números absolutos para evidenciar obras ou financiamentos públicos. O discurso é sempre o mesmo, se diz que tal obra beneficiará tantos milhões de pessoas ou que tal recurso melhorará a situação da escola para milhões de estudantes, como escutei ontem na voz do brasil.

Gostaria de saber quando é que serão usados números percentuais, como por exemplo: "tal medida melhorou o saneamento básico de 10% população". Acredito que fica bem claro que isso só ocorre porque as obras apenas tentam tapar o sol com a peneira e não são suficientes para suprir a necessidade da sociedade já que somos um país com 190 milhões de pessoas e qualquer ação do governo atinge uma grande quantidade de pessoas, no entanto um número com "milhões" no meio produz muito mais impacto do que um número com "dois pontos percentuais".

Outras pessoas então diriam que é melhor isso do que nada e eu diria que o Brasil está repleto de meias soluções, penso inclusive que foi com meias soluções que chegamos aonde estamos hoje, gostaria de saber em que momento estaremos cheios desse tipo de soluções, e passaremos a buscar a melhor solução ou nada será feito, sei que isso pode parecer radical, mas entendo que é o passo que a população precisa dar para conseguirmos realmente bons governantes.