sexta-feira, 2 de julho de 2010

A quem devemos lealdade?

Fiz essa pergunta a muitas pessoas do serviço público e fiquei surpreso com as respostas.

A questão é a seguinte: Quando alguém é indicado a um cargo de confiança ou uma função gratificada em órgãos públicos, qual o comportamento adequado diante das adversidades da empresa, como greve ou protestos dos funcionários em geral?

Acredito que depende da situação, mas muitos discordam, pois dizem que se é um cargo de confiança, deve-se sempre permanecer leal a quem lhe indicou.

Sabe-se que atrito entre chefes e subordinados são normais, se alguém pretende evitar isso, que nunca trabalhe ou seja seu próprio chefe, mas a questão vai além disso, eventualmente precisa-se saber que a verdadeira lealdade do servidor público está com a instituição pública, representada pelo interesse da população, e não com quem lhe indicou, independente do valor financeiro recebido pela função.

A pergunta chave é: Será que minha função de confiança não está prejudicando a instituição mais do que ajudando? Será que os direcionamentos escolhidos pela gestão que me confiou o cargo, não estão servindo para propósitos escusos? Muitos então poderiam dizer que seguindo esse raciocínio ninguém poderia ter um cargo de confiança no serviço público brasileiro e eu provavelmente concordaria, o que apenas estou querendo dizer é que existem limites, e devemos lembrar que no fringir dos ovos, o verdadeiro empregador dos funcionários públicos é a população pagadora de impostos(e haja impostos!).

Escuto com frequência que cargo de confiança não entra em greve ou participa de protestos contra a instiuição empregadora, e aparentemente essa é uma verdade universal no meio público, gostaria então de saber: Será mesmo? Se sou funcionário de uma instituição pública e discordo veementemente da maneira em que ela é conduzida, o que me impede de protestar? A minha função gratificada? Não acredito que esse seja um motivo válido.

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