terça-feira, 11 de dezembro de 2012

As colações anti-capitalistas!

Fico impressionado com os discursos anti-capitalistas das colações de grau. É praxe falar mal do "capital" e falar bem dos "excluídos". Mais interessante ainda é quando isso é dito numa colação de faculdade privada, não poderia existir ironia maior.

Já escutei uma milhão de vezes esse termo "excluídos" e eu pergunto por quem? A resposta: A sociedade capitalista e corrupta claro! Será? Se existe um sistema em que há um desejo enorme de não exclusão de pessoas, esse sistema é o capitalista. Se um país tem muitas pessoas pobres não haverá demanda e não havendo demanda não pode haver oferta, ou seja, em uma sociedade realmente capitalista(que não é o caso do Brasil) existe sim o desejo que a maior quantidade de pessoas deixem de ser pobres para que dessa forma exista um grande mercado consumidor(mas isso deve acontecer naturalmente, pois não é o caso do Brasil!). 


Quanto mais pessoas com dinheiro, mais o empresário lucra e quanto mais ele lucra mais pessoas são empregadas e passam a possuir mais dinheiro!

Mas e os monopólios? O monopólio é a cara da intromissão pública na vida das pessoas. Monopólios são sustentados e fomentados pelo governo e seu desejo de se meter na vida das pessoas. Quanto menos leis e impostos mais concorrência e quanto mais concorrência mais empregos, é simples assim, mas como sabemos vivemos num país pseudo-capitalista, vide leis como estas: http://goo.gl/VuRzC


A tal faculdade privada que falei antes, é uma faculdade de medicina, onde um grande médico instou os futuros médicos a resistir "a tentação do capital e lutar pela ética", palavras bonitas mas vazias. Minha mulher é dentista e constantemente se vê dividida entre fazer qualquer coisa e fazer a coisa certa e na cabeça de muitas pessoas esse dialética é entre o capital(chutar o tratamento) e a ética(socialismo fraternal) quando na verdade não tem absolutamente nada a ver com isso.


O capitalismo é marcado pela oferta de um produto ou serviço e esse produto ou serviço tem características inerentes que o farão ser mais ou menos requisitado. No caso da medicina, o serviço do médico caracterizado erroneamente como "capitalista" eventualmente voltará para assombrá-lo já que a carreira médica é construída com o tempo e não imediatamente, se um médico chuta diagnósticos, eventualmente seu serviço será desprezado e seu nome e carreira irão por água abaixo, ou seja, deve-se esperar um resultado a longo prazo e não a curto prazo, daí tanto dentistas como médicos devem se preocupar com a qualidade do serviço e não exclusivamente com a prestação do mesmo. 


A conclusão disso é que não existe nada mais capitalista do que prestar um serviço correto e ético, pois o produto do médico é o seu nome, e se o mesmo quer crescer na vida deverá conservar a qualidade da prestação desse serviço e essa deveria ser a única forma do mesmo possuir uma carreira brilhante, mas infelizmente isso não é verdade, pois no Brasil existe muitas distorções que impedem que isso seja realizado apropriadamente e a maior delas é o governo, que se mete demais através de suas instituições ruins(hospitais e universidades) e desse ministério faz de conta que parece saber mais do que qualquer outro quais são as faculdades boas ou ruins. Será que o MEC sabe avaliar alguma coisa mesmo? 


Gostaria de entender então, porque tanto ódio ao capitalismo, quando todos os discursos dessas colações na verdade reforçam um sistema capitalista ou de livre mercado ao invés de rechaçá-lo.







Um comentário:

Jorge Ramiro disse...

No outro dia eu tinha que participar de uma conferência sobre políticas para o desenvolvimento econômico sustentável ea formação de cooperativas no Brasil, mas eu não podia deixar o meu cachorro sozinho, porque ele rompe toda a casa. Então eu comprei um cercado para cães e funcionou muito bem.